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São Paulo avança no controle e erradicação da brucelose bovina
Brasil
Publicado em 25/01/2016

Dados do sistema informatizado Gedave, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo mostram os avanços na proteção dos bovídeos contra a brucelose bovina. O Estado fechou o ano de 2015 com 91,26% das fêmeas bovinas e bubalinas vacinadas entre 3 a 8 meses de idade. O índice registrado é 2,31% superior a 2014, quando chegou a 88,95% das fêmeas vacinadas.

O Estado vem registrando índices crescentes de vacinação contra a brucelose, comprovados nos dados registrados em 2013 com 83,55% das fêmeas vacinadas, em 2012, com 81,86% e em 2011 com o índice de 81,23.

O número total de bovídeos com idade em receber a vacinação contra a brucelose no ano foi de 940.155 cabeças, deste total, 858.125 receberam a vacinação. Das propriedades com bovídeos (bovinos e bubalinos) cadastradas no sistema, 82,80% vacinaram seus animais durante 2015.

O destaque durante o segundo semestre de 2015 foi a bubalinocultura, que registrou um aumento no índice de vacinação. De acordo com o médico veterinário da Secretaria, que atua na Coordenadoria de Defesa Agropecuária e responsável pelo Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, Klaus Saldanha Hellwig, a comparação com o primeiro semestre, o número de bubalinos vacinados foi 16,92% superior, tendo sido vacinadas 5.505 cabeças na faixa etária de 3 a 8 meses, contra as 2.300 vacinadas no primeiro semestre. “Em termos de propriedade houve um aumento de 11,32%. Isso nos deixa otimista, pois o setor da bubalinocultura está caminhando com profissionalismo para os mesmos patamares representados pela bovinocultura” disse.

Contra a brucelose a vacinação é feita uma única vez na vida das fêmeas bovinas ou bubalinas, com idade entre 3 a 8 meses e precisa ser realizada por um profissional médico veterinário, cadastrado no serviço oficial de defesa agropecuária do Estado por ser uma vacina viva, podendo infectar o manipulador. Esse profissional além de garantir a correta aplicação e cuidados de manipulação, fornece o atestado de vacinação ao produtor. Na página da Defesa na internet (http://www.cda.sp.gov.br/www/credenciados/index.php) estão disponíveis os contatos dos 2.935 profissionais cadastrados para realizar a vacinação no Estado.

Hellwig explica que a legislação estabelece que após fazer a vacinação, o médico veterinário tem três dias para informar a realização da vacinação no sistema Gedave e o produtor tem o prazo de três dias para confirmar a execução, ficando assim com sua situação em dia com a sanidade do rebanho.

A vacinação contra a brucelose não tem data específica para ocorrer. O calendário estabelecido no Estado é que as fêmeas vacinadas entre dezembro a maio devem ser declaradas no sistema Gedave até 7 de junho e as vacinadas entre os meses de junho novembro, devem ser informadas até 7 de dezembro.

“Os bons índices de 2015 refletem a importância do produtor para com a sanidade dos animais e a aproximação da nossa equipe com os médicos veterinários cadastrados e habilitados para as execuções das atividades do programa estadual de controle e erradicação da doença com a realização de reuniões pelos 40 Escritórios de Defesa Agropecuária para aprimoramento e padronização das execuções”, disse Fernando Gomes Buchala, coordenador da Defesa Agropecuária de São Paulo

BRUCELOSE - É uma zoonose (doença que acomete os animais e o homem) infecto-contagiosa causada pela bactéria Brucellaabortus.Nos bovinos pode causar abortamento; nascimento de bezerros fracos; retenção de placenta; repetição de cio e descargas uterinas com grande eliminação da bactéria, além de inflamação nos testículos. Em São Paulo a vacinação é obrigatória desde 2002.

Por Teresa Paranhos

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Coordenadoria de Defesa Agropecuária

 

 

 

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